Teresa de Benguela foi uma líder quilombola que
viveu na região em que atualmente é o município de Vila Bela da Santíssima
Trindade, durante o século 18. Foi esposa de José Piolho, que chefiava o
Quilombo do Piolho (também conhecido com Quilombo do Quariterê), entre o Rio
Guaporé (a atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia) e a atual cidade de
Cuiabá.
Com a morte de José Piolho, Teresa se tornou a rainha do quilombo e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças do então governador de Mato Grosso, Luiz Pinto de Souza Coutinho. A população de 79 negros e 30 índios foi morta ou aprisionada.
Com a morte de José Piolho, Teresa se tornou a rainha do quilombo e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças do então governador de Mato Grosso, Luiz Pinto de Souza Coutinho. A população de 79 negros e 30 índios foi morta ou aprisionada.
Teresa comandou a estrutura política, econômica e
administrativa do quilombo, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas
com os brancos ou resgatadas das vilas próximas. Os objetos de ferro utilizados
contra a comunidade negra que lá se refugiava eram transformados em
instrumentos de trabalho, já que dominavam o uso da forja. O Quilombo do
Quariterê desenvolvia agricultura de algodão e possuía teares onde se
fabricavam tecidos que eram comercializados fora dos quilombos, como também os
alimentos excedentes.